Durante a abertura da primeira edição da conferência mundial virtual sobre borracha, aberta nesta terça-feira, 08/06, em Abidjan, Costa do Marfim, o governo do país-sede do evento, quarto maior produtor mundial de borracha, anunciou um investimento de 6 milhões de dólares para o setor, afetado pelos efeitos da pandemia da Covid-19. A conferência foi realizada sob o tema “Enfrentando o futuro: inclusão, sustentabilidade e crescimento para o novo normal”, e organizada pelo grupo internacional de estudos da borracha (IRSG na sigla em Inglês). Segunda maior exportação agrícola do país depois do cacau, a borracha movimenta 917 milhões de dólares para uma força de trabalho de 165 mil fazendeiros na Costa do Marfim.
“O governo decidiu dar um apoio decisivo ao setor da borracha e ampliar o apoio que devemos aos nossos 150.000 produtores, aos nossos 40.000 seringueiros aos 1,2 milhão de marfinenses que vivem do setor” assegura o primeiro-ministro Patrick Achi. Maior produtor africano com 850 mil toneladas no final de 2020 (78% da produção), a Costa do Marfim ocupa o 4º lugar no ranking mundial dos produtores de borracha.
O governo da Costa do Marfim vai desembolsar cerca de 6 milhões de dólares para ajudar os pequenos produtores de borracha a consolidar esforços e evitar que as suas receitas se tornem precárias em face dos efeitos de médio prazo da pandemia Covid-19. Transformar localmente grande parte da produção e criar valo agregado, assim como melhorar a integração dos produtos nos canais de distribuição internacional, é o problema maior que a indústria da borracha enfrenta na Costa do Marfim.
Na antevisão deste encontro o ministro marfinense da agricultura havia explicado que “esta primeira conferência virtual é um marco de intercâmbio entre especialistas mundiais em pesquisa, indústria e desenvolvimento da borracha natural e da sintética sobre o seu futuro nos países produtores e consumidores”.
Desde a década de 1990 a Costa do Marfim é o principal produtor africano de borracha natural ̶ produto primário da coagulação do látex da seringueira ̶ e em 2020 passou de 6º para o 4º maior produtor mundial.
