O conceito de economia circular - um sistema econômico onde os recursos materiais são maximizados para prolongar o ciclo de vida dos produtos - vem ganhando rapidamente terreno em todo o mundo. A Bridgestone, com o "Compromisso Bridgestone E8" em seu núcleo, estabeleceu uma meta de aumentar sua proporção de material reciclado e renovável para 40% até 2030.
Há alguns anos a empresa japonesa vem trabalhando para impulsionar uma economia circular que elimine o desperdício através do uso contínuo de recursos. Em 2020, estabeleceu uma parceria com o Delta-Energy Group para reciclar mais de 2 milhões de pneus através da comercialização em escala do DE Black - um produto de negro de fumo recuperado com patente Delta-Energy obtido de pneus em fim de vida útil - para atender à visão ambiental a longo prazo do Grupo Bridgestone de alcançar materiais 100% sustentáveis - e contribuir para uma redução de mais de 50% nas emissões de CO2 - até 2050 em diante. Da mesma forma, em 2021, a Bridgestone começou a desenvolver um documento de posicionamento que delineará o papel da indústria de pneus na obtenção de uma economia circular, e mais tarde publicará um relatório delineando as exigências técnicas, características e soluções propostas para aumentar o uso de negro de fumo recuperado em pneus novos.
De acordo com estudos, a recauchutagem ajuda a evitar o aquecimento global, reduzindo o uso de recursos, as emissões de CO2 e o uso do solo. Optar pela recauchutagem de um pneu em vez de substituí-lo reduz as emissões de CO2 para o meio ambiente em 24%, o consumo de água em 19% e a poluição do ar em 21%.
No Brasil
No país, a empresa registrou mais de 1,8 milhão de carcaças recapadas pela sua rede em 2022, obtendo um crescimento superior a 6% nas vendas do serviço, comparado a 2021. Para 2023, a expectativa é a prática continue crescendo.
Em melhorias ambientais, a unidade de Campinas registrou uma economia de 930.600 litros de petróleo e 18.600 toneladas de borracha deixaram de ir para aterro. Em energia, constatou-se uma economia que poderia abastecer 976 casas. Além da recapagem, produto no qual a empresa é líder global, no Brasil, a destinação correta dos pneus inservíveis acontece por meio do programa de coleta da Reciclanip, uma instituição criada pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), da qual a companhia é associada. Entre as destinações corretas está a reciclagem dos pneus para uso em campos de futebol, solas de sapato, pisos e tapetes de borracha.
A reutilização da água tratada também é uma das soluções de grande interesse da companhia. A Bridgestone traçou diferentes caminhos em seus processos produtivos para alcançar eficiência, reutilização e tratamento de água adequados, o que resultou na redução de 23,30%, em 2020, do consumo de água nas plantas da América Latina. Em Santo André, a capacidade do sistema de osmose reversa foi aumentada, levando a uma melhoria de 24% na redução do consumo de água em comparação ao ano anterior. A operação conta com o tratamento de efluentes, permitindo a reutilização de 100% da água tratada na linha de produção.
Em Campinas, foi instalada uma nova estação de tratamento de efluentes, com capacidade para tratar até 28.000 litros de água por dia, que serão reutilizados no processo produtivo da fábrica. Camaçari segue o mesmo caminho. Na fábrica, construída em 2007, há uma estação de captação e tratamento de água de chuva, que contribuirá ainda mais para a redução do consumo de água da fábrica.
